24.07.14

Jovem que matou taxistas na Fronteira é condenado a 49 anos de prisão



 

Luan Barcelos da Silva, acusado de matar seis taxistas no início do ano passado, sofreu uma nova condenação. Depois de sentenciado a 55 anos de prisão, em fevereiro deste ano, em Porto Alegre, pela morte de três vítimas, o jovem foi condenado a 49 anos e sete meses de prisão na Comarca de Santana do Livramento.

O julgamento, ocorrido em 16/7, se refere aos processos criminais que apuram os assassinatos de Hélio Beltrão do Espírito Santo Pinto e Márcio Fabiano Magalhães de Oliveira, mortos com tiros na cabeça, em 28/3/13, e que tiveram seus pertences roubados pelo jovem de 23 anos.

O corpo de um terceiro taxista, Ênio Rolim Lencina, foi localizado na vizinha cidade de Rivera.

Caso

De acordo com os autos, os corpos foram encontrados pela Polícia no amanhecer do dia 28/3/13. Também foram localizados os veículos conduzidos pelas vítimas e constatada a subtração de diversos objetos, dentre os quais, vários aparelhos de telefonia celular.

Através de interceptações telefônicas e de imagens de câmeras de segurança obtidas através da Chefatura de Polícia de Rivera - localizadas em pontos próximos a um dos locais em que abandonado um dos veículos -, chegou-se às pessoas que portavam os celulares - familiares próximos ao réu -, que confirmaram terem recebido como presente de Luan. O acusado também foi reconhecido pelas testemunhas nas imagens das câmeras de segurança.

Na casa da avó paterna, local onde Luan permaneceu durante os dias em que esteve em Santana do Livramento, a autoridade policial encontrou a jaqueta que o jovem estava usando na data dos fatos, na qual houve a constatação pericial de presença de sangue de Hélio Beltrão do Espírito Santo Pinto.

Helio foi morto mediante um único disparo de arma de fogo desferido contra sua cabeça. Teve subtraída a importância aproximada de R$ 200,00 em espécie e dois aparelhos de telefone celular.

Márcio também foi morto da mesma forma, só que com dois disparos desferidos na sua cabeça. Dele foi subtraída a importância aproximada de R$ 100,00 em espécie, dois aparelhos de telefone celular, um aparelho de rádio com DVD/TV, um pen drive 4 GB, um aparelho de GPS, uma mochila e 20 unidades de DVDs gravados com filmes variados.

Decisão

Ao analisar o caso, o Juiz de Direito Gildo Adagir Meneghello Junior, da Vara Criminal de Santana do Livramento, considerou que ficou evidenciada, com a suficiência e segurança que se exige a um juízo condenatório, a autoria delitiva imputada a Luan Barcelos da Silva quanto às mortes das vítimas e quanto ao furto de bens que estavam em posse das mesmas.

Além do mais, no caso em tela os elementos angariados durante o inquérito policial restaram devidamente corroborados pela prova judicializada, razão pela qual a condenação do acusado é medida que se impõe, asseverou o julgador.

Pelo assassinato de Hélio Beltrão do Espírito Santo Pinto, o magistrado fixou a condenação em 24 anos, 9 meses e 15 dias de reclusão. E, o mesmo período de tempo, pela morte de Márcio Fabiano Magalhães de Oliveira.

O réu não poderá apelar em liberdade.

Processos 2130001376-6 e 21300013774 (Santana do Livramento)

 


Fonte: Tribunal de Justiça RS